Evolução em Grupo

Hoje vou contar uma história:

Um dia destes estava com crianças e adolescentes. Eles saltavam à corda, eu e a outra pessoa adulta do grupo - sim, eu sei que sou adulta... - estávamos a "dar à corda".

O grupo era misto em termos de habilidades, idades e género...
Alguns entravam e saiam sem problemas, outros precisavam que parássemos a corda para começar a saltar.
Estavam em fila e cada um saltava no máximo 10 vezes e dava a sua vez a outro. Simples. Uma brincadeira comum de quando eu era criança e que hoje vejo outras crianças a divertirem-se também com ela.

Todos incentivavam aquele que estava a aprender a saltar:
- Salta, tu consegues! Vai, força!!!!

É lindo ver um grupo apoiar e incentivar!
Depois, um dos que saltava bem, chamemos-lhe Luís, entrou e começou a saltar com o pé coxinho.
O que dirias ao Luís?

Como achas que foi a reação do grupo?

Agora para um pouco e reflete. Responde às duas questões feitas. Se quiseres, até podes colocar em baixo nos comentários.


Já respondeste?
Vamos ao resto da história então:
.
E então o Luís foi saltar à corda na sua vez, e como saltar com os dois pés era simples, resolveu saltar ao pé coxinho.
Os outros que incentivaram aquele que estava a tentar aprender a saltar, quando viram o Luís saltar com o pé coxinho começaram a murmurar:
- Exibicionista!
- Quer dar nas vistas.
- Acha que é melhor que os outros...
Luís não ligou e continuou a saltar.

SUPEROU-SE!

E isso deu-lhe ainda mais energia.

EVOLUIU!

Sabes o que aconteceu aos que a criticaram?
Minutos depois estavam também a saltar com o pé coxinho!

O Grupo todo EVOLUIU


E aquela criança que não sabia saltar, chegou ao final da brincadeira e já conseguia dar 7 saltos seguidos! E foi aplaudido pelo grupo.

Esta situação fez-me ver dois mundos completamente diferentes e atitudes tão opostas, despoletadas na mesma brincadeira.
Será que estamos preparados para a evolução?
Porquê mudamos de "óculos" com tanta facilidade?

Por vezes só precisamos de ouvir um salta, para começarmos um novo trilho na nossa vida.

E outras vezes temos que aprender a olhar para os outros e perguntar porque estão a fazer algo diferente.

Evoluímos quando os porquês se tornam mais importantes que os como, na nossa vida.

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