Quando é preciso usar rótulos…

O ideal é fazermos uma alimentação livre de rótulos, no entanto, não mudar por considerar que isso é impossível, é apenas uma desculpa.

Quando compramos alimentos com rótulos


Um dos grandes ensinamentos do Estilo Paleo é usar na alimentação comida de verdade. Assim, o foco é procurar alimentos que não precisem de transformações, principalmente industriais, para serem consumidos.

Com este raciocínio, é lógico que vamos comprar umas boas costeletas de porco, em vez de um hambúrguer processado.

Podemos ter uma alimentação totalmente livre de rótulos?


Sim, é possível, mas sejamos práticos. Vivemos num mundo onde procura-se facilitar, corre-se de um lado para outro em busca de mais tempo para aquilo que realmente importa. Optar por alguns produtos com rótulos é normal e conveniente.
Tem determinados alimentos e condimentos que usamos no nosso dia a dia que não é prático comprar a granel. E mesmo esses só são vendidos a granel porque vêm em embalagens xxl, mas também elas com rótulos.
Outra situação é o facto de por vezes selecionarmos para as nossas receitas alimentos como o bacon ou o presunto. A maior parte de nós procura os que chamamos “do bem”, mas precisamos aprender a ler os rótulos para poder identifica-los.

Um exemplo de rótulos


Vamos ver um exemplo de um rótulo de presunto:

Rótulo de presunto "do bem"


Este apresenta nos ingredientes apenas carne de porco bísaro e sal. É isto que procuramos. Sempre que vamos comprar presunto, bacon ou qualquer produto com rótulo, identificamos onde estão os ingredientes e lemos.

Os ingredientes aparecem por ordem de quantidade presente. Assim, o que está em primeiro lugar é o que tem mais quantidade e o que está em último lugar é o ingrediente com menos quantidade.

Este é outro exemplo de produtos de excelente qualidade:

Produtos do Pouso da Serra


Os nomes esquisitos dos rótulos


Muitas vezes os rótulos contêm nos ingredientes nomes de coisas que nunca iriamos relacionar com alimentos, caso fossem retirados do contexto “ingredientes. São corantes, conservantes, intensificadores de sabor, reguladores de acidez, e a lista poderia continuar. Esses extras, aos quais o Rodrigo Polesso chama de “substâncias comestíveis”, não apresentam qualquer interesse nutricional ar nós, porque haveríamos de consumi-los?

Um dos que nos chama muito à atenção e que temos sempre os olhos despertos é o açúcar. Ele aparece com tantos nomes diferentes… é impressionante as voltas que a indústria dá…
  • Maltose
  • Dextrose,
  • Xarope de milho invertido,

E um sem número de especificações que quase parecem apenas ter o propósito de enganar o consumidor.

Quanto mais simples o rótulo melhor?


Quase que me sinto tentada a dizer um sim redondo, porém vamos ver o caso do sal:
Nas imagens que se seguem apresento dois rótulos:


Sal marinho integral parte 1


Sal marinho integral parte 2

Sal purificado

O primeiro de um sal integral, apanhado manualmente na Ria Formosa, livre de poluição.
O segundo é de sal marinho purificado.

Claramente aqui as escolhas serão para o sal integral. Porquê? Porque é o que está mais idêntico à forma como o sal se encontra na natureza. Simplesmente deixou-se a água evaporar e o sal foi recolhido e embalado.
O sal purificado já passou por vários processos: claro que foram retiradas as impurezas… mas também outros minerais e o que restou foi, essencialmente, cloreto de sódio, este sim, aquele que os médicos passam o tempo a dizer que nos faz mal.

O que te chamou mais à atenção sobre este tema?
Tens outras perguntas que gostarias de ver respondidas?
Partilha e comenta, precisamos de passar a mensagem de que é importante ler os rótulos e saber o que eles nos dizem.

Se ainda não conheces, convido-te a visitares a página Meu Estilo Paleo e fazer um gosto. Assim estarás sempre a par do que se passa aqui no blog, conhecerás os eventos do grupo Meu Estilo Paleo e os factos mais relevantes e poderás conhecer o nosso programa de acompanhamento personalizado que visa ajudar pessoas a emagrecer e otimizar a sua saúde com foco e objetivos bem concretos e delineados à medida de cada um. É a página que agrega todas as informações.

Tranquilamente,


Bela

3 comentários:

  1. Olá Bela! Depois de alguma pesquisa, dei com esta página e gostei muito do que li, da maneira como escreve e explica está ‘coisa’ da alimentação Paleo... apesar de já ter lido muito sobre alimentação Paleo, ainda me sinto um pouco confusa e perdida nas escolhas que devo fazer.
    Eu tive um problema oncológico há 3 anos atrás... foi-me diagnosticado um Linfoma e tive que fazer 7 meses de quimioterapia com elevadas doses de Cortisona. Deixei nessa altura de fumar e, os tratamentos provocaram-me a menopausa. Enfim, foi um ‘cocktail’ que provocou uma revolução na minhas hormonas. Com isto tudo, ganhei quase 30 quilos e não consigo emagrecer. A experimentei varias vezes e várias dietas e nada...
    Tenho noção que como pouco mas mal... sou capaz de estar o dia todo com pouca comida e depois ao final da tarde, enquanto faço o jantar da família, como só porcarias (bolachas e tostas com manteiga e queijo e pão)
    Estou decida a mudar a alimentação e tentar a Paleo e ‘arrastar’ o resto da família... principalmente as crianças, comem muito açúcar!!
    Uma coisa que me faz confusão, pelo menos para já, é o que escolher para o pequeno almoço. Habitualmente como pão Shape com fiambre de peru e bebo café e fico bem até ao almoço. Não consigo tomar o pequeno-almoço em casa, tem sempre que ser algo que consiga deixar já preparado ( ou quase) para levar e comer no trabalho... e confesso que, inicialmente, custa-me a ideia de comer sopa ou frango ao pequeno almoço. Quando começou, o que comia? Peço desculpa pelo ‘testamento’ e pelo abuso... mas precisava de dicas e de um ‘empurrãozinho’...
    Obrigada e um beijinho
    Marília

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Olá Marília, agradeço o teu feedback. É muito importante para mim saber que quem está do outro lado do ecrã recebe algo útil com o que escrevo.

      Para começar, e tendo em conta as crianças, umas panquecas que se deixam prontas de véspera pode ser uma opçõ. Claro que acompanhadas com proteína e gordura e colocando toping salgado ou de iogurte grego. A proteína pode ser o ovo que usas já na confeção da panqueca e se adicionares manteiga, óleo de coco ou azeite, ficam já com o que é necessário para a primeira refeição do dia.

      Deves ter em atenção ao tipo de farinha que vais usar: a de coco, de amendoa ou de otros frutos secos ou a de banana verde são as ideais. Garante sempre que não são de cereais, que não possuem gluten e que não são puro amido, como é o caso dos polvilhos que aparecem muitas vezes nas receitas paleo.

      Marília, não peças desculpa por querer dar um passo positivo. Parabéns pela atitude e por quereres lodo dar o passo acompanhada pela família. Qualquer questão, estamos deste lado. bjinhos

      Tranquilamente,

      Bela

      Eliminar
  2. Obrigada Bela!
    Acompanhei durante uns tempos um grupo deste género, tb do facebook, e nunca me atrevi a colocar questões/dúvidas... assisti a muitas respostas mal educadas e a gozar com as pessoas que as colocavam... enfim, é bom saber que posso contar com ajuda deste lado, porque por muito que leia é uma mudança muito grande nos nossos hábitos alimentares e quando chega a altura das compras no supermercado, sentimo-nos mesmo perdidas.
    Por isso, e pela resposta... obrigada Bela!
    Beijinho
    Marilia

    ResponderEliminar